trajetória
Cresci na Vila dos Pescadores ouvindo os apitos dos trens que desciam a Serra para descarregar grãos nos armazéns santistas. Escutava os relatos dos navios que entravam no Porto de Santos, trazendo as mercadorias do exterior e as histórias da "Meca do emprego": como Cubatão era conhecida quando o pólo industrial gerava muitos empregos.
O desenvolvimento do Polo Industrial não se traduziu em oportunidades e qualidade de vida aos moradores da Vila dos Pescadores. Em 2020 Cubatão apresentava um PIB per capita de mais de R$ 123 mil reais, em 2021 este número saltou para mais de R$ 165 mil reais, no entanto o bairro onde eu fui criado é uma região de extrema vulnerabilidade social, com cerca de 40% da sua população vivendo em palafitas sobre o mangue. Com o pior índice de desenvolvimento humano da cidade e um dos piores da região metropolitana.
Estudei em escola pública e com 14 anos aconteceu o 1° milagre: consegui passar no vestibular do SENAI e da Federal (Instituto Federal). Dos 15 aos 16 anos, estudei nos períodos da manhã, tarde e noite, intercalando entre o ensino médio Técnico e o curso de Eletricista de Manutenção. Meu primeiro emprego foi como ajudante em uma oficina mecânica. Também já fui monitor de biblioteca, estagiário, e professor de informática e até professor de Dança de Salão.
Desde criança, entre empinar pipa na linha férrea, pular da ponte para tomar banho no Rio Casqueiro e nadar na subida da maré no mangue, sem me dar conta, a questão da economia e o impacto que ela possui sobre a vida das pessoas – especialmente aquelas que viviam no meu bairro – me preocupavam, o que me levou a cursar faculdade de Economia para entender porque havia pobreza e como seria possível mudar a realidade.
Passei em 3 concursos da Prefeitura de Cubatão, agente administrativo, auxiliar e técnico de administração. Entre 2010 e 2012 fui gerente da Unidade de Saúde da Família da Vila dos Pescadores, uma experiência extraordinária por que tinha o contato direto com os moradores, e assim pude perceber o quanto é bom ter a oportunidade de levar qualidade de vida para as pessoas que me viram nascer, para os meus vizinhos, os meus amigos, e assim contribuir para melhorar a minha comunidade.
Em 2012, aconteceu outro milagre: passei no concurso da PETROBRAS. Eram apenas 6 vagas e mais de 6 mil inscritos, eu fiquei na 48° posição. Trabalhei com análise econômica de projetos, indicadores, fiscalização de contratos e agora atuo como analista de custos das plataformas.
Assim tenho trilhado minha história na busca constante e incansável de melhorar as condições de vida das pessoas.
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